sexta-feira, junho 16, 2006

FESTA JUNINA



Era dia de festa junina e Gilvanira estava radiante. Apesar de não ter arranjado nenhuma companhia para ir na festa, estava animada assim mesmo. O namorado do fim de semana passado não havia ligado mais e ela não tinha o telefone dele. As amigas foram para um acampamento religioso e estavam fora no fim de semana. A amiga que dividia o apartamento estava internada fazia 2 semanas com complicações renais. Bom assim, pois ela estava disposta a aprontar e a se virar sozinha naquela noite.

Como sendo uma festa típica, arrumou um belo vestido alaranjado rodado, cheio de babados, perfeito para aquela noite junina. A meia branca vinha quase até o joelho e os sapatinhos baixos completavam a alegoria. Na hora de sair, ligou para o moto-taxi, conferiu o ingresso e desceu para a rua. Foi até o bar da esquina e comprou 2 doses de pinga para começar.

Chegou de grau na festa. De início achou que estava no lugar errado, pois somente ela estava a caráter, mas após mais 2 doses de pinga, não se preocupou mais com isso. Estava se sentindo linda. Encostado no bar, ela viu Frank. Era apaixonada por este colega de sala, apesar de nunca terem trocado uma palavra sequer. Foi até ele, mas por algum motivo ao chegar perto dele, ele saiu sem falar nada. Achou que tinha que fumar um cigarro para se sentir melhor. Nunca havia fumado e como estava se divertindo, achou que esta noite era o dia ideal para novas experiências. Conseguiu um cigarro, mas não tinha fogo.

De longe viu as chamas da fogueira. Lá estava o fogo para seu cigarro. Aproximou-se cambaleando e com o cigarro na boca se abaixou para tentar acendê-lo. Foi encurvando-se cada vez mais próxima mas as doses de pinga não deram muita noção para aquela pobre cabeça. As pernas bambearam e ela lentamente tombou para dentro da fogueira. Caiu de cabeça. As chamas rapidamente incendiaram sua roupa. A pele do rosto queimando ia derretendo e a dor era insuportável. Os olhos ardiam enquanto iam sendo queimados. A carne exposta ao fogo ardia até os ossos. Ela se imaginou entrando dentro de um tubo de pasta dental para aliviar a dor. Não tinha mais forças.

Foi puxada para fora da fogueira mas já era tarde demais. Seu rosto estava destruído e metade do seu corpo também. Não tinha mais olhos nem cabelo. O cranio queimado assustou muitos. A festa acabou e naquela mesma noite a amiga de Gilvanira recebeu alta do hospital. Encontrou a casa vazia.

2 comentários:

Anônimo disse...

muito bom, adoro festa junina afinal hehehe

Anônimo disse...

Tadinha!!!!!!!!!!!!!!
Anônimo