Trabalho numa grande empresa. Em vários sentidos.
Estou alocado dentro da área comercial / administrativo / marketing / TH e sou da área de tecnologia. (Não disse que era uma grande empresa?)
Pois bem. Além deste bem situado local, ainda me sento próximo à uma das milhões entradas (e saídas) da empresa. Como a área de Talentos Humanos está nas redondezas, todas as pessoas que são demitidas, ou melhor, desligadas passam por mim em direção à decepção, ou melhor, à recepção.
Sempre cabisbaixas e acompanhadas por um carrasco de colete vermelho, as pessoínhas dão aqui, de fronte à minha PA, seus últimos passos na empresa. Como se fosse um corredor da morte. Tudo bem que ainda tem muito o que andar até chegar na rua, mas passando daqui, já era.
Na verdade, eu sou o marco do último ponto onde o ser pode tentar uma reação mais brusca na tentativa de permanecer na empresa. Talvez uma voadora bem localizada, ou um mata-leão ágil e bem aplicado pode ser uma solução.
No último mês que estive aqui, incontáveis pessoas foram encaminhadas até esta porta. Sim sim... como disse, trabalho em uma grande empresa. E nesta última segunda-feira, por ironia, não estava presente para acompanhar a última leva por atacado em direção à portinha. O facão comeu solto.
Mas pelo visto, voltamos à programação normal, com um fluxo mais de varejoe uma pessoa de cada vez.
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